Já faz tempo que não atualizo este blog. Os motivos são vários. Primeiro parei, abismada e triste pela queima do ônibus aqui no Rio com pessoas dentro. E o espanto só foi crescendo com os dados que vieram depois: uma criança de 13 anos, participou do horror... Depois houve problemas pessoais que me tiraram o resto de ânimo que sobrara. Nunca tive grande apêgo à uma vida humana: a minha. Não, não sou deprimida ou suicida. Mas sempre me senti como que "passando" pela vida (como quem passa de ônibus por uma cidade), sem grande vontade de conhece-la. Mas uma vez que o ônibus resolveu entrar na cidade, vamos lá !
Preferiria, ter um objetivo, por exemplo: salvar pessoas de acidentes (ser paramédico), ou ser assistente social (já que nunca poderia presenciar pessoas acidentadas, passaria mais mal do que elas), enfim fazer algo pelos outros, do que criar uma vida pra mim. Não é por eu ser "boazinha"; é que não vejo sentido em tentar criar uma vida maravilhosa, ou seja "ser feliz" como todos repetem hoje em dia, enquanto tantas pessoas precisam de ajuda, pra ter uma vida com um mínimo de decência. Não acredito nesta felicidade. Mas acabei caindo na armadilha da suposta "vida feliz". Embora me sentisse representando um papel.
Pois bem, fui uma canastrona neste papel e não realizei um dos outros. Resumindo não fiz feliz a mim e nem a outra(s) pessoa(s). Ah sim, eu tentei. Mesmo nao acreditando nisso, eu tentei. Acabei confusa e (o que não era antes) infeliz.
Mas sou otimista (apesar do tom melancólico do que escrevi) e acho bom ter acordado a tempo.
Há tempo?
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